CONVERSAS PSICANALÍTICAS COM O DR. EDUARDO BAUNILHA
Amar nossas crianças
Desde
muito cedo as crianças aprendem a questionar o significado do amor mesmo quando
não têm muita certeza de sua eficácia.
Vivemos
em um mundo muito punitivo. E essa proposição é tão veraz que, quando cometemos
um delito, por menor que seja, quando não nos punem, nós mesmos fazemos isso
por acreditar que merecemos. Tal conceito dificulta o próprio entendimento do
amor, por isso o questionamento e a incerteza.
No
relacionamento pais ou responsáveis e a criança é preciso que esta entenda que
não é necessário fazer coisa alguma pra se sentir amada. Ou seja, a “razão do
amor é o amor” e não devemos realizar nenhuma proeza para recebe-lo.
Todavia
nem sempre é assim. Quantas histórias de maus tratos testemunhamos todos os
dias. Milhares de crianças vivem na miséria, outras tantas são objetos sexuais
de pessoas regidas pelo mal e, por serem vulneráveis e frágeis, no instante
presente, outras milhares estão sofrendo agressão, tortura, dor e morte nas
mãos de assassinos vorazes.
Percebemos
então que a violência, o abuso e o abandono é o fracasso da prática do amor. A
frustração de uma ação que precisa ser vista como tal e não como um sentimento
que para se fazer valer necessita de uma troca.
Dar
amor, principalmente para nossas crianças, significa criar pessoas saudáveis
para um mundo caótico se erguer das raias do mal e encontrar um possível controle.
Pesquisas
revelam que daqui a pouco menos de 2 anos teremos uma população de 73% de
pessoas com doenças de cunho mental. Isso significa que se já estamos
vivenciando uma epidemia, o que está ruim, agravará ainda mais. Estão chamando
de efeito rebote da pandemia.
Parece
assustador e na verdade o é. Diante disso nossa ação deve ser preparar as
nossas crianças para o enfrentamento de uma realidade que trará muita angústia
para toda a sociedade.
Não
podemos esquecer que ser amorosos com nossas crianças deve ser visto como uma
responsabilidade de todos nós.
Um fortíssimo abraço para você!
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