CONVERSAS PSICANALÍTICAS COM O DR. EDUARDO BAUNILHA
Reciprocidade: a alma do amor
É impressionante atestar que
quando amamos, fazemos porque estamos visionando uma recompensa futura, como se
experiências de amor fossem um lugar seguro.
Quando amamos nos arriscamos a
perder, a ficarmos magoados, a nos frustrar. Isso acontece porque existem
forças além do nosso controle que atuam para nos confundir, conceituando que no
amor não pode existir sofrimento.
É por isso que quando escolhemos
amar, devemos primeiro escolher o amor. No clássico, O pequeno príncipe, de Antoine de Saint-Exupèry, em um dos diálogos
memoráveis do menino, ele diz que: “a razão do amor é o amor”.
Sendo assim, entendemos que o
amor, e simplesmente o amor deve ser o motivo e o combustível que move nossas
relações.
Claro que é difícil demais
entender esta lógica uma vez que vemos a reciprocidade como uma moeda de troca.
Mas, pensando melhor percebemos que ela é muito mais que isso.
Se nos doarmos e não recebermos
amor em retribuição, a prática do amor já é uma recompensa, pois enobrece,
alivia e acalma a alma. O próprio amor nos é recíproco e nos brinda com todas
as emoções oriundas dele.
E tal prática não precisa ser
vista como algo do outro mundo. É possível. Tudo o que o amor nos conclama a
fazer é possível. E nem sempre será fácil a missão que ele nos comissiona.
Mas se estivermos comprometidos
com o amor e com o trabalho que ele nos
direciona a fazer, até o que nos dói será suportável. Sentir, viver e trabalhar
pelo amor não é estar em um estado de êxtase constante, mas mesmo assim, nos
traz terna e doce felicidade. Porque sentimos necessidade e desejo de nos doar
mais, pois promover o amor, vive-lo, dilui o ódio e evita dar espaço para este.
Dito isso, entendemos que viver a
alma do amor é ouvir com generosidade, nos doar com altruísmo, estender o braço
com solidariedade, ceder o ombro com doçura, caminhar junto com força e lançar
um olhar com sensibilidade.
Está disposto(a) a viver
experiências de amor esta semana? Permita-se, valide e compartilhe estas vivências.
Um
fortíssimo abraço para você!
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