CONVERSAS PSICANALÍTICAS COM O DR. EDUARDO BAUNILHA
ESPERANÇA E AÇÃO
É
interessante como parece antagônica a ideia de que a esperança não se coaduna
com a ação. Ou seja, esperar está totalmente desvinculada da atitude que, na
verdade, a precede. Melhor dizendo, se eu tenho esperança, significa que eu já
tenho um fazer encerrado neste conceito.
Lembra da caixa de Pandora? Todos os sentimentos
foram liberados, menos a esperança. Será que não é por isso que é tão difícil
cultivá-la? Será que não é por este motivo que a esperança é tão sonhada e
buscada?
Voltando a questão do conceito. Pense bem: só temos
esperança porque entendemos e/ou acreditamos que algo vai acontecer. Então o
que percebemos neste ínterim? Que a esperança só existe porque nos faz
acreditar que algo vai acontecer. Não faz sentido ter esperança se esta não
estivesse vinculada ao sonho que a faz existir. Logo, ter um desafio, é meio
caminho para ação.
Falamos em conceito e lembramos de pensamentos. Então,
vamos pensar... O pensamento que não estiver coadunado com a esperança não
produz nada, não te eleva ao futuro.
E o que tudo isso nos faz pensar? Que viver
significa agir com esperança. Cada passo, cada gesto, cada sopro é um ato de
esperançar.
Byung-Chul Han diz que a esperança inspira as
pessoas a ações criativas e eficazes. Tal proposição nos faz lembrar de tantas
criações inteligentes e úteis temos em nosso mundo oriundas de pensamentos
movimentados pela esperança.
Penso em tantos como Marie Curie (radioatividade) ou
até mesmo Thomas Edson (lâmpada) que tiveram ideias geniais e atemporais que
contribuíram e ainda contribuem para termos uma humanidade mais digna. Certamente
a esperança estava presente na ação destes seres.
E você, qual relação sua vida tem tido com a
esperança? Esta esperança está te movendo a ação? Qual ou quais atitudes pensa
em ter e quais atitudes está tendo sendo balizado pela esperança?
Um fortíssimo abraço
Instagram: eduardo_baunilha_psicanalista
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