CONVERSAS PSICANALÍTICAS COM O DR. EDUARDO BAUNILHA
O ESTRESSE COMO ALIADO
Jamais
devemos esquecer que nosso corpo e nossa mente são indivisíveis, ou seja, o que
fazemos com um afeta o outro. Se cuidamos do corpo, cuidaremos também da mente
e vice-versa. Tal pensar nos eleva a muitas reflexões, mas nesta conversa
psicanalítica, vamos nos ater a importância dos pequenos estresses. Parece
estranho colocar o estresse no pódio, mas sim, ele é importante em muitos
momentos. Então vamos lá!
O eixo
hipotálamo-pituitária-adrenal funciona como regulador do estresse, também é
responsável por regular as emoções e o humor. É o lugar de origem de certos
hormônios como o cortisol e a adrenalina. E veja que interessante: “os
pesquisadores que estudam essa região do cérebro descobriram que a exposição a
estressores leves do dia a dia, no início da vida, aumenta a capacidade futura
de regular emoções e confere resiliência para o resto da vida” (BRACKETT, 2021,
p. 48).
Outra
pesquisa realizada pela Escola de Medicina da Universidade de Stanford chegou a
um consenso que as pessoas que vivenciam curtas crises de estresse têm um
reforço na imunidade, além de ter um aumento no nível de moléculas que combatem
o câncer.
Muitas
vezes quando o estresse aparece tendemos a ter vontade de chorar. Quando
choramos percebemos que sentimos um certo alívio, um determinado conforto. Isso
acontece porque o choro carrega os hormônios do estresse para fora do corpo.
Entendemos assim que o choro nos auxilia no combate ao estresse um pouco mais
intenso.
Um
elemento importante que nos ajuda no desafio de vencer o estresse é o
sentimento de gratidão. Um estudo descobriu que a gratidão aumenta os níveis de
oxigênio nos tecidos, acelera o processo de cura e fortalece o sistema
imunológico. Também o riso, que pode ser espontâneo ou provocado aumenta o
fluxo de betaendorfina, que melhoram o humor, e estimula os hormônios do
crescimento.
Acresce
que, mesmo diante de situações de estresse intenso, as pessoas que cultivam
emoções positivas como amor, gratidão, esperança e assim por diante, se mostram
menos propensas a desenvolverem sintomas depressivos.
E olha
que interessante: o simples fato de saber que terá que fazer um discurso,
certamente gera um pouco de estresse, mas o leve, o positivo e, este é tão
efetivo que dobra a gravidade dos sintomas de alegria por dois dias.
Então
tudo isso nos mostra que as emoções estimulam a liberação de neuroquímicos e
hormônios benéficos que nos auxiliam a ter uma vida mais leve. E é isso é tudo
o que desejamos!
Um
fortíssimo abraço para você!
Referência:
BRACKETT,
Marc. Permissão para sentir. Trad.
Lívia de Almeida. Rio de Janeiro: Sextante, 2021.
Instagram: baunilha45
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